31 de dezembro de 2008

All you need is LOVE is all you need

29 de dezembro de 2008

" Destino é para manés, é só uma desculpa idiota para deixar as
coisas acontecerem em vez de fazer com que elas aconteçam."


Uma coisa que me deixa intrigada nesta época do ano é a crença que as pessoas tem de que com o tilintar do relógio virá uma mudança total de vida, estilo "o contrário do que aconteceu com a Cinderela". Nunca entendi isso muito bem, é só a chegada de mais um dia, como todos os 365 que se passaram desde a última grande euforia em grupo. Portanto, se quiser uma mudança, do it yourself (or not). Isso porque o que poderia chamar de "vida bruta" são as constantes e metamórficas consequências de suas escolhas e atitudes ao longo dos anos. Então é isso... E fica registrado assim o meu desejo de um feliz 2000 INOVE a todos!

23 de dezembro de 2008

Não brigue comigo porque não sei permanecer em nós na hora do brinde. Eu sequer vejo você, como posso ver isso que chama de “nós”?
Só me empreste seu rascunho, deixe que eu termino o desenho. Me empreste seu contorno, deixa que eu preencho, recheio, enfio coisas aí. Me empreste isso que é você e que vaga por aí. Eu dou nome e dor e limites e histórias. Eu dou tudo. Deixa. Por favor. Se vire. Se quiser ficar por aqui mais um tempo, se vire. Seja nada, por favor. Me deixa fazer, por favor. Me empresta sua altura para eu subir. Me empresta seu silêncio para eu morrer. Me empresta sua volta para eu viver. Me empresta sua boca para eu me beijar. Me empresta seu pinto para eu me comer. Me empresta sua gana para eu gritar.
Me empresta seu sorriso para eu achar graça na vida. A sua língua para eu me engolir. A sua preguiça para eu cansar um pouco de mim, também preciso disso. E o quente das suas costas para eu dormir comigo. E o seu desejo para eu sentir que piso nesse mundo. Esteja aqui para que eu esteja. Por favor. Só isso. Tenha fome para que eu sobreviva. Pense em mim para que eu exista. Me leia para que eu seja. Nunca, jamais, diga coisas absurdamente suas porque quando eu não mais puder me ver em você, acabou. Entende? Se eu não puder me ver em você, não resta nada. Então, não diga, não faça, não opine, não brigue e, principalmente: não me agrade.
Eu me agrado através do que vejo de mim em você. Então, jamais, em hipótese alguma, me ame com propriedade. Seu amor de surpresa é uma solidão terrível. Me ame com o meu amor de sempre. Me ame apenas com o que tem de mim em você. Me compre com o dinheiro que eu depositei em você. Não quero nada seu. Sou como a minha geladeira, to sempre gemendo, precisando de conserto, fria, nova, escandalosa. Mas se você encostar nela de novo, com sua vontade de arrumar minha vida, eu te expulso daqui.
Sou demais pra mim, me leve embora. Guarde um pouco com você. Não, não traga suas coisas. Leve as minhas. Divida. Sua casa é maior, seu peito, seus anos. Divida comigo eu mesma e já teremos problemas e soluções e motivos para duzentas vidas. Seja eu e por favor veja o que dá pra fazer com isso. Porque eu não sei.
Apenas apareça de vez em quando e traga um pouco de mim. Não muito e não sempre e não demais, para que eu sinta saudades e possa sonhar comigo, para que eu consiga pensar em mim. O que mais faço é na verdade o que jamais fiz. Nem por um segundo. Pensar em mim. Gostar de mim. Sempre e nem por um segundo. Não faça nada. Seja um vegetal ligado a minha máquina a todo vapor. Eu trabalho pra você. Eu dou vida pra você. Eu te bombeio, deixa. Continue respirando ligado a mim. Só não desliga seu corpo que minha máquina pára.
(Tati Bernardi)

20 de dezembro de 2008


♪ I've been around the world in the poaring rain Feeling out of place, im feeling strang Take me to a place where they know my name Where everyone knows my name Check it check it out I'm bout to do my thing King of the floorKing of the swing Play a little beat I'll be a dancing machine Play a little jam I'll come alive They've got jungle fever Show em' some love This is my home This is my home King of the throne This is my home See, I've been travlin'Been travlin' forever But now that i found a home, feels like im in heaven

Uma confusao de ideias que atrai e distrai.


Estou ficando preocupada. Acho que eu fujo um pouco do padrao de normalidade. Costumo pensar tanto sobre coisas tao banais, entretanto banalidades tao pequeninas sobre as quais ninguem costuma sequer deitar sobre elas um outro olhar, ve-las de verdade mesmo, sabe? As vezes, deixo esses pensamentos me guiarem. Outras, agarro-os logo assim que comecam a querer um pouco mais do que poderia ser chamado de liberdade. Uma parcela me assusta, e por isso, tento aprisiona-las, para que fiquem quietinhas, no porao, sem assustar a mais ninguem. Outras sao quase expulsas, sopradas por um vento interior, estranhamente pelo mesmo motivo. Como num exercicio de fisica, onde as variaveis sao inversamente proporcionais. Enfim.. mais uma vez vou dar o braço a torcer, e fugir de mim mesma, ate porque as vezes refletir doi.
Uma confusao de ideias que atrai e distrai. Uma confusao de ideias. Talvez por isso, seja tão dificil escrever direito. Causa e consequencia. Atraem e distraem.

19 de dezembro de 2008

Astronauta! Tá sentindo falta da Terra? Que falta que essa Terra te faz? A gente aqui embaixo continua em guerra, olhando aí prá lua. Implorando por paz. Então me diz: Porque quê você quer voltar? Você não tá feliz onde você está? Observando tudo a distância. Vendo como a Terra é pequenininha, como é grande a nossa ignorância. E como a nossa vida é mesquinha. A gente aqui no bagaço, morrendo de cansaço de tanto lutar por algum espaço. E você, com todo esse espaço na mão, querendo voltar aqui pro chão? Ah não, meu irmão! Qual é a tua? Que bicho te mordeu aí na lua? (...) Fica por aí Que é o melhor que cê faz. A vida por aqui tá difícil demais Aqui no mundo o negócio tá feio. Tá todo mundo feito cego em tiroteio. Olhando pro alto, procurando a salvação. Ou pelo menos uma orientação . Você já tá perto de Deus, astronauta! Então me promete que pergunta pra ele as respostas de todas as perguntas. E me manda pela internet. (...) É tanto progresso que eu pareço criança. Essa vida de internauta me cansa. Astronauta cê volta e deixa dar uma volta na nave.Passa a chave, que eu tô de mudança. Seja bem-vindo, faça o favor e toma conta do meu computador. Porque eu tô de mala pronta, tô de partida. E a passagem é só de ida. Tô preparado prá decolagem, vou seguir viagem, vou me desconectar. Porque eu já tô de saco cheio e não quero receber nenhum e-mail com notícia dessa merda de lugar. Eu vou pra longe, onde não exista gravidade. Pra me livrar do peso da responsabilidade, de viver nesse planeta doente e ter que achar a cura da cabeça e do coração da gente. Chega de loucura. Chega de tortura. Talvez aí no espaço Eu ache alguma criatura inteligente. Aqui tem muita gente, mas eu só encontro solidão, ódio, mentira, ambição. Estrela por aí é o que não falta, astronauta! A Terra é um planeta em extinção.
(Gabriel, o pensador)

15 de dezembro de 2008

" (...) Depois achou que lhe faltavam palavras e assim fez, morou com as palavras por anos. Até que as emprestou e virou um pouco as palavras. O resto do mundo é música, é letra, é história, é tudo. O resto do mundo é gigantesco. Mas tem um medo filho da puta de ser eu. Eu também adora brincar de resto do mundo. Sai sempre que pode de casa. Experimenta tudo. Tenta entrar nas coisas. Tenta deixar as coisas um pouco dentro de si. Logo vem o medo de vomitar. De expulsar tudo que não é eu. Eu precisa do resto do mundo perto o tempo todo, para senti-lo. De longe, eu só sente eu. Eu ri do resto do mundo. Um misto de nervoso, arrogância, ritual de sobrevivência e servidão. Eu virou eu justamente pra se proteger do resto do mundo. Então, quando escuta que é amado pelo mundo, duvida, provoca e espanta. O resto do mundo virou resto do mundo justamente porque ser eu enlouquece e é limitado. Então, por mais que eu seja esperto, o resto do mundo só vê um rato de laboratório, preso e correndo em sua esteirinha. Eu come pouco e vive enjoado. O resto do mundo engole o que vê pela frente e vive com dor de estômago. Um é ligado demais por dentro, não quer mais do que é porque o que é já quase o explode. O outro nem lembra o que esse por dentro agüenta, de tanto que carrega tudo pra ser algo. Pode tanto tudo que tudo banaliza. Eu diz coisas feias que saem sem filtro e de dentro. O resto do mundo diz coisas lindas que já chegaram filtradas, de fora. Os dois sabem do que o outro está falando, mas é que dá uma preguiça desgraçada parar de brincar só porque a bola caiu do outro lado do muro. Eu e o resto do mundo, são seres solitários que se atacam. Cada um pra defender o seu ser de tantos mil anos. Um sem saber o que fazer com o amargo que desce da boca pro cu. O outro sem saber o que fazer com o amargo que sobe do cu pra boca. Um com medo do que pode calar tantas certezas conquistadas na ignorância, o outro com medo da voz trêmula que poderia ter a sua inteligência se não estivesse pautada em algo. Eu não sabe o que sente, mas diz mesmo assim. O resto do mundo tem certeza do que sente, mas quando diz, fala pelo resto do mundo. Eu entende só de si, o que já é uma humanidade inteira. O resto do mundo entende de todo o resto, o que faz eu parecer uma criança de cinco anos se debatendo pra entender tanta vontade de chorar ou de ser feliz. Eu e o resto do mundo desistiram de se amar em suas roupas rasgadas pela luta. Mas nus, eu empresta do resto do mundo um silêncio que seu eu jamais lhe daria. Ter o resto do mundo dentro de si é a morte mais feliz. Ainda que doa e ainda que seja morte. E o resto do mundo pára, quem diria. O mundo pára pra ver eu. O mundo pára para ver como eu sente e se explica sem fim. Sem eu, o mundo é um lugar enorme, mas sem vida passeando em suas riquezas. Eu precisa do mundo para ser lido. E o resto do mundo precisa de eu para ser livro. Depois eu volta a sentir tudo com uma solidão avassaladora. Depois o resto do mundo volta a rodar. A rodar e atropelar eu. A rodar e trucidar eu. Eu volta a martelar em si. O resto do mundo volta a somar todos os martelos do mundo para se sentir martelado. Cada um na sua despedida egoísta, vingativa e perdoável. Na sua vida a dois que não existe a não ser por essa intersecção, no ponto onde eu se esquece pra pertencer e o resto do mundo se encontra pra ser alguma coisa. Não é inveja isso que nutrem um pelo outro. Nem ciúme. Nem ódio. Nem maldade. É absurdo. É só absurdo. Algo tão parecido com amor que confunde a vida. "

12 de dezembro de 2008

Dá o seu gosto de desejo
Dá os seus olhos de menino
Sem regra ou comprometimento
Sem se importar com que for vendo
Nossa sede de liberdade
Eu quero é dançar da forma que me der
A música expondo o seu corpo à vontade
Nas incontáveis formas de se divertir
Dá o seu gosto de desejo
Dá o seu beijo despojado
Seus pensamentos mais intensos
O seu rosto de pecado ♫
(Vanessa da Mata)

9 de dezembro de 2008

O problema é que quero muitas coisas simples,

então pareço exigente.

8 de dezembro de 2008

"À bunda


Olha, desta vez você passou das medidas. Só não boto você para fora, agora, porque é a sua cara dar escândalo.Estou cheia de você atrás de mim o tempo todo. Fica se fazendo de fofa, enquanto, pelas minhas costas, chama a atenção de todo mundo para meus defeitos.Você está redondamente enganada se pensa que eu vou me rebaixar ao seu nível – o que vem de baixo não me atinge. Mas faço questão de desancar essa sua pose empinada.Por que nunca encara as coisas de frente?Fica parecendo que tem algo a esconder. Por acaso, faz alguma coisa que ninguém pode saber?Você é, e sempre foi, um peso na minha existência – cada papel que me fez passar... Diz-se sensível e profunda, mas está sempre voltada para aquilo que já aconteceu. Tenho vergonha de apresentar você às pessoas, sabia?Por que você nunca encara as coisas de frente, bunda? Fica parecendo que, no fundo, tem algo a esconder. Por acaso, faz alguma coisa que ninguém pode saber? O que há por trás de todo esse silêncio?Você diz que está dividida e que eu preciso ver os dois lados da questão. Ora, seja mais firme, deixe de balançar nas suas posições.Longe de mim querer me meter na sua vida privada, mas a impressão que dá é que você não se enxerga. Porque está longe de ter nascido virada para a lua e costuma se comportar como se fosse o centro das atenções.Bunda, você mora de fundos, num lugar abafado. Nunca sai para dar uma volta, nunca toma um sol, nunca respira um ar puro. Vive enfurnada, sem o mínimo contato com a natureza. O máximo que se permite é aparecer numa praia de vez em quando, toda branquela.Não é de admirar que esteja sempre por baixo. Tentei levar você para fazer ginástica, querendo deixar você mais para cima, mas fingiu que não escutou.Saiba que você não é mais aquela, diria até que anda meio caída. E vai ter que rebolar para mexer comigo, de novo, da maneira que mexia.Lembro do tempo em que eu, desbundada, sonhava em ter um pouquinho mais de você. Agora, acho que o que temos já está de bom tamanho. E, pensando bem, é melhor pararmos por aqui antes que uma de nós acabe machucada.Sei que qualquer coisinha deixa você balançada, então não vou expor suas duas faces em público. Mas fique sabendo que, se você aparecer, constrangendo-me diante de outras pessoas, levarei seu caso ao doutor Albuquerque*.Lamento, isso dói mais em mim do que em você, mas você merece o chute que estou lhe dando. Duplamente decepcionada,
Fernanda Young."

30 de novembro de 2008

Como são admiráveis as pessoas que nós não conhecemos bem.


(Millôr Fernandes)

29 de novembro de 2008

Se podes olhar, vê.
Se podes ver, repara.

25 de novembro de 2008

"Mensagens sutis...

... como a brisa do mar. "

19 de novembro de 2008

_
It's a big world and you can do what you like...
You can do anything you want, because darling, it's your life.
Não é uma roupa feita para enfiar e sair andando, nem um livro de cozinha onde só temos de achar a página e a receita lá está. Não, é um sistema total de vida.

18 de novembro de 2008

21 gramas.
21 gramas é o peso que seu corpo perde após a morte.
21 gramas. Será o peso da vida?
21 gramas. Será o peso da alma?
Uma coisa é certa: a morte chega uma hora,
você querendo ou não, mais cedo ou mais tarde.

9 de novembro de 2008

Malandro que é malandro
não é malandro demais.

8 de novembro de 2008

"Maria Eduarda, era a primeira vez que Carlos ouvia o nome dela. Maria Eduarda, Carlos Eduardo. Havia uma similitude nos seus nomes. Quem sabe não se pressagiava a concordância dos seus destinos? E carlos sentiu sem saber porque uma doçura nova penetrar-lhe o coração." Os Maias - Eça de Queiroz.

7 de novembro de 2008

"Mas se eu gritasse uma só vez que fosse, talvez nunca mais pudesse parar. Se eu gritasse ninguém poderia fazer mais nada por mim; enquanto, se eu nunca revelar a minha carência, ninguém se assustará comigo e me ajudarão sem saber; mas só enquanto eu não assustar ninguém por ter saído dos regulamentos. Mas se souberem, assustam-se, nós que guardamos o grito em segredo inviolável. Se eu der o grito de alarme de estar viva, em mudez e dureza me arrastarão pois arrastam os que saem para fora do mundo possível, o ser excepcional é arrastado, o ser gritante." Clarice Lispector.

4 de novembro de 2008


"And so it's Just like you said it would be (...) The shorter story No love, no glory No hero in her sky I can't take my eyes of you And so it's Just like you said it should be We'll both forget the breeze Most of the time And so it's The colder water The blower's daughter The pupil in denial (...) I can't take my mind of you Until I find somebody new" ♫

26 de outubro de 2008

Ao meu provável futuro amor

Ontem senti sua falta. Sinceramente, não sei quem é você, nem sei se você sabe quem sou eu. Isso, sinceramente, não interessa muito nesse meu estágio atual. Atualmente ando com as nuvens na cabeça. Penso à beça. Penso em como você poderia ser. Brinco em cima da probabilidade de coisas improváveis. É divertido imaginar um ser inimaginável e ao mesmo tempo saber que esse ser é real. Ele é real dentro da minha imaginação. Ele existe sim; mesmo que seja uma existência devido a sua inexistência.É bom saber que existe alguém que, provavelmente, nunca existirá de fato, mas sim em sonhos. O barato da vida está toda na imaginação. Imagino você sorrir, e você sorri! Imagino você fazendo o que eu quiser que você faça, e você faz – e o melhor de tudo : sem reclamar ! É uma delícia te imaginar. Desenho teu rosto com os traços que me agradam, coloco o nariz que eu prefiro, a boca que eu preciso, as roupas que te combinam, os gestos são exatamente como programei e a voz tem tantos tons quanto sentimentos. Acho que encontrei a melhor forma de te preservar: te construir. Sempre tomamos mais cuidado com aquilo que fazemos. Por isso, e por preguiça de procurar (confesso!), resolvi te construir. Confesso também que não foi uma tarefa tão simples assim. Pensar ou imaginar requer um certo preparo. Não posso te projetar de qualquer jeito. Não posso te formar de qualquer forma. Mas posso te informar com a mais absoluta certeza que ontem senti sua falta, mas até hoje não consegui perceber se era falta de você ou se era falta de sentir falta. Era uma falta boa de sentir. A falta de algo que ainda está por vir. A falta de algo que pode se tornar importante. Com certeza, não era falta de imaginação. Imaginação talvez seja a única coisa que eu ainda tenha de sobra. Por falar em sobra, dedico o tempo que me sobra ao meu provável futuro amor; mesmo tendo a plena consciência que a probabilidade de ver você um dia é a mesma de me tornar cego esta noite. Parei de te imaginar. Percebi que é inútil imaginar um provável futuro amor. Imaginar é fugir da realidade. Fugir da realidade é fugir da vida. Fugir da vida é se aproximar da morte. E se eu morrer agora, nunca vou te conhecer.

23 de outubro de 2008

Azul Celeste


- Ei, Celeste! Já reparou em como o céu hoje amanheceu azul demais?
- Não tinha notado. Mas o que tem isso?
- Eu não sei. Acho que azul do jeito que está, é dificil de já ter ficado um dia. Acho até que acordei sorrindo, com vontade de sair de casa, conversar com as pessoas, de aproveitar esse dia azul!
- Quanta besteira, Maria!
- É que pra você não adianta um céu azul, Celeste. Você é cinza como todos os dias nublados.

/por Hamony []

20 de outubro de 2008

"Eu estou bêbado. E você é linda.
E amanhã de manhã eu vou estar sóbrio,
mas você vai continuar linda"
Nós nos enganamos, porque os outros têm direito de fazer o que querem, quando querem, da forma que escolherem. Ninguém gosta disso e, as vezes, é muito doloroso. Mas não significa que você fez algo errado. As pessoas vêem e sentem as mesmas coisas de formas diferentes. E mesmo quando você pensa que conhece muito bem uma pessoa, ela pode lhe causar surpresas!

(...)

Eu agora aceito a idéia de que... a forma como as pessoas agem às vezes comigo não depende do que eu fiz! (Iyanla Vanzant)

16 de outubro de 2008

nem tudo foi escrito,
mas tudo foi sentido.
Quando ando no meio de outras pessoas não me sinto bem. O que elas falam e o entusiasmo que demonstram nada têm a ver comigo. O mais curioso é que justamente quando estou na companhia delas é que me sinto mais forte. Me vem a idéia seguinte: se podem existir só com esses fragmentos de coisas, então eu também posso. Mas é quando estou sozinho e todas as comparações se reduzem a mim mesmo contra a história, contra o meu fim, contra as paredes, contra a minha própria respiração, que começam a ocorrer coisas estranhas. Sou um sujeito evidentemente fraco..

15 de outubro de 2008



"(...) Eu, você, nós dois
Sozinhos neste bar à meia-luz
E uma grande lua saiu do mar
Parece que este bar já vai fechar
E há sempre uma canção
Para contar
Aquela velha história
De um desejo
Que todas as canções
Têm pra contar
E veio aquele beijo (...)"

13 de outubro de 2008

INofencivo.

adj. 1. Que não ofende, que não é ofensivo.
2. Que não faz mal.

até quando?

12 de outubro de 2008

" (...) Todas, razões recortadas, fragmentadas em verdades e talvez, algumas mentiras, precisamos de mentiras para sobreviver."
"Os opostos se distraem
Os dispostos se atraem"

11 de outubro de 2008

Se eu não sei te entender é porque eu não me entendo
Tenho certezas tão incertas e não sei como me acertar
Entenda que eu não sou perfeito, tenho até muitos defeitos
Mas o que vale é acreditar que vamos todos melhorar
Você me vê de uma forma que eu considero equivocada
Mas tudo bem, é seu direito querer me ver tão errado
Você devia já saber que eu não sei te entender
Pra quê forçar um entendimento se, no fim, ninguém se entende?
Não sei se era mau humor ou se era falta de atenção
Mas tudo o que eu lhe dizia aos berros, ela me devolvia

9 de outubro de 2008

A porta ainda está aberta...
"Você já olhou para uma foto sua e viu um estranho no fundo?
Te faz perguntar, quantos estranhos tem uma foto sua?
Quantos momentos da vida dos outros nós fizemos parte?
Ou se fomos parte da vida de alguém quando os sonhos dessa pessoa se tornaram realidade?
Ou se estivemos lá, quando os sonhos delas morreram.
Nós continuamos a tentar nos aproximar?
Como se fossemos destinados a estar lá.
Ou o tiro nos pegou de surpresa. Pense...
podemos ser uma grande parte da vida de alguém..
e nem saber."

8 de outubro de 2008

Pequenas aspas

[...] O silêncio que se fez representa, calado, a falta que você me faz. E o que mais me mata é que “você” não faz nada para mudar esse “triste” fim. Coloco a tristeza entre aspas porque é o sentimento mais variável que eu conheço. Coloco “você” entre aspas porque é a pessoa mais inconstante que eu desconheço. [...]

7 de outubro de 2008





É, tá bom aqui
Mas é festa no apartamento ao lado.


interessante..
Deixa, deixa, deixa, eu dizer o que penso dessa vida, preciso demais desabafar...

Eu já falei que tenho algo a dizer, e disse
Que falador passa mal e você me disse
Que cada um vai colher o que plantou
Porque raiz sem alma como o flip falou, é triste

A minha busca é na batida perfeita
Sei que nem tudo tá certo mas com calma se ajeita
Por um mundo melhor eu mantenho minha fé
Menos desigualdade, menos tiro no pé

Andam dizendo que o bem vence o mal
Por aqui vo torcendo pra chegar no final
É,quanto mais fé,mais religião
Amor que mata,reza,reza ou mata em vão
Me contam coisas como se fossem corpos,
Ou realmente são corpos,todas aquelas coisas
Deixa pra lá eu devo tá viajando
Enquanto eu falo besteira, nego vai se matando
Então...

Deixa,deixa,deixa
Eu dizer o que penso dessa vida
Preciso demais desabafar

Ok,então vamo lá,diz
Tu quer a paz,eu quero também,
Mas o estado não tem direito de matar ninguem

Aqui não tem pena morte mas segue o pensamento
O desejo de matar de um Capitão Nascimento
Que,sem treinamento se mostra incompetente
O cidadão por outro lado se diz,impotente,mas
A impotência não é uma escolha também
De assumir a própria responsabilidade
Hein?

Que cê tem e mente,se é que tem algo em mente
Porque a bala vai acabar ricocheteando na gente
Grandes planos,paparazzo demais
O que vale é o que você tem, e não o que você faz
Celebridade é artista,artista que não faz arte
Paga um como pilates e acha que já fez sua parte
Deixa pra lá,eu continuo viajando
Enquanto eu falo besteira nego vai, vai
Então deixa...

Deixa, deixa, deixa, eu dizer o que penso dessa vida, preciso demais desabafar [♪]

5 de outubro de 2008


"Alguém dentro de mim mente para me proteger" (Fabrício Carpinejar)
"(...) Compre meu coração, compre minha alma. Recuse minha incapacidade de me achar amada e me ame.Se você me ligasse a gente poderia ter uma conversa séria a respeito da solidão e do tédio do mundo e resolver ser feliz pra sempre. A gente poderia resolver isso e depois resolver que o mundo tem suas limitações e depois resolver que não tem limitação coisa nenhuma. A gente poderia mudar de opinião juntos e tornar a vida menos solitária e tediosa.Olha, é simples, são sete números e uma única chance de conhecer uma mulher super bacana. Que, sim, tem chulé às vezes, tem bafo às vezes, tem ataques de histeria, ciúme e infantilidade às vezes. tá bom, é mais do que às vezes, mas se você me ocupar com bom papo e carinho, eu juro que esqueço um pouco meu lado que não sabe se relacionar.Peraí, tá tocando aqui. tem que ser você, tem que ser você. tem que meeeeeeerda, pena que não dá para processar o "Vivo Informa" por propaganda enganosa."
"Os gemidos da mão estremecida
Os brinquedos do tempo de criança
O sorriso fulgaz de uma esperança
E a primeira paixão da nossa vida.
O adeus que se da por despedida
E o desprezo que a gente não merece
O delirio da lagrima que desce
Um momento de angústia e de desgraça
Tudo passa, na vida tudo passa
Mas nem tudo que passa a gente esquece"
(Tudo passa- Chico Pedrosa)
Cuidado com seus desejos,
eles podem se tornar realidade

4 de outubro de 2008


- E então Chalie Brown, o que é amor pra você?
- Em 1987 meu pai tinha um carro azul
- Mas o que isso tem a ver com amor?
- Bom, acontece que todos os dias ele dava carona pra uma moça. Ele saía do carro, abria a porta pra ela, quando ela entrava ele fechava a porta, dava a volta pelo carro e quando ele ia abrir a porta pra entrar, ela apertava a tranca. Ela ficava fazendo caretas e os dois morriam de rir... acho que isso é amor.
Se quiser conversar, me liga
Se quiser me ver, me chama.
Não façamos do que aproxima, o que afasta.

Eu gosto é assim.
Aparições, desaparecimentos…
Essa incerteza, iminência da surpresa.

Há lugar no meu colo e no meu peito.
“Então tá combinado, é quase nada…”
A gente fica legal é desse jeito.

3 de outubro de 2008

"(...) Há um sonho, uma voz Dizendo: "os teus sonhos também são meus" Vou te levar, te conduzir E quando você alcançar Saberás que em todo tempo Eu estive ao teu lado Os teus sonhos são meus Teus problemas são meus Tua vida também é minha vida Eu de ti cuidarei Nunca te deixarei Os teus sonhos eu realizarei Vou te levar, te conduzir E quando você alcançar Saberás que em todo tempo Eu estive ao teu lado" ♫

29 de setembro de 2008


" (...)Esse é o grandedestino do homem: remover os escombros criados pelo ódio e partir de novo, no vento da liberdade, para a frente e para cima. Que venham os tiranos, que o prendam e torturem, que caiam do céu bolas de fogo - e ele levanta-se, roto e ensanguentado, e com a força que lhe dá a vida parte uma vez mais, em direção à liberdade. Vai favelado, meu pobre irmão dos morros, ergue novos barracos de lama e podridão na perigosa vertente das favelas, recomeça tua vida de música e miséria, e depois toma umas cachaças e cai no samba. Carnaval vem aí, pra te fazer esquecer teu destino de lama. Ele é tua liberdade de três dias, até que recomeces a trabalhar, a roubar, a matar, a procriar na lama. Tens mais um ano a tua frente. Aproveita bem desse privilégio, porque ninguém pode prever se até o próximo verãouma nova frente fria vinda da Patagônia nao vai encontrar uma grande formação cumulus-nimbus (ou será que estou dizendo bobagem, senhores metereologistas?) e a cólera de Deus não vai querer cooperar com a obra de extinção sumária das favelas, tão ao agrado de certos arianos cariocas..."

(Hino do carioca- Vinicius de Moraes)

28 de setembro de 2008

é, eu confesso que não é exatamente a realidade que eu esperava encontrar.

"It's always the same
Coffe and change
But I'll come back to you someday
So close, so far
So other world ...
But I'll come back to you" ♫

27 de setembro de 2008

“Sumi porque só faço besteira em sua presença, fico mudo quando deveria verbalizar, digo um absurdo atrás do outro quando melhor seria silenciar, faço brincadeiras de mau gosto e sofro antes, durante e depois de te encontrar.Sumi porque não há futuro e isso não é o mais difícil de lidar, pior é não ter presente e o passado ser mais fluido que o ar. Sumi porque não há o que se possa resgatar, meu sumiço é covarde mas atento, meio fajuto meio autêntico, sumi porque sumir é um jogo de paciência, ausentar-se é risco e sapiência, pareço desinteressado, mas sumi para estar para sempre do seu lado, a saudade fará mais por nós dois que nosso amor e sua desajeitada e irrefletida permanência.”
"Solidão não é a falta de gente para conversar, namorar, passear ou fazer sexo...
Isto é carência!
Solidão não é o sentimento que experimentamos pela ausência de entes queridos que não podem mais voltar...
Isto é saudade!
Solidão não é o retiro voluntário que a gente se impõe, às vezes, para realinhar os pensamentos...
Isto é equilíbrio!
Solidão não é o claustro involuntário que o destino nos impõe compulsoriamente para que revejamos a nossa vida...
Isto é um princípio da natureza!Solidão não é um vazio de gente ao nosso lado...
Isto é circunstância!
Solidão é muito mais do que isto!
Solidão é quando nos perdemos de nós mesmos e procuramos em vão pela nossa alma!"
(Chico Buarque de Holanda)
Mas não me leve a sério, sei que nada é definitivo. Nem eu sou o que penso que eu sou. Nem nós o que a gente pensa que tem.

26 de setembro de 2008

Todos os seres e pessoas do universo
emitem vibrações, e essas vibrações vagam
pelo espaço até que encontrem
uma vibração gêmea, estabelecendo assim
uma SINTONIA.
Não sei direito o que é isso que eu sinto por você. Mas como é maravilhoso fumar você, cheirar você, tomar você, injetar você. Calar a boca. Sei que é por pouco tempo. Somos plantas diferentes. Pássaros diferentes. Estamos experimentando nossos mundos tão excêntricos. Muito em breve vamos nos afastar com a intensidade de opostos tão óbvios. (...) Mas por agora. Me dá mais um pouco desse cala a boca, vai. Vai lá dentro do chalé, vai. Coloca o shortinho. O chinelo verde. Me pergunta uma daquelas coisas para eu dar uma daquelas respostas que você morre de rir. Me deixa pirar no seu céu da boca escancarado. Você se joga pra trás. E só porque você e o mundo inteiro têm certeza do quanto você é lindo, você faz questão de sempre se largar no mundo. É a liberdade que só tem quem é infinitamente lindo ou infinitamente feio. Você é livre do mais ou menos e isso me enche de algo que me faz querer cantar pra sua beleza. Eu sou mais ou menos mas nesse segundo, já que comprei sua beleza, sou a mulher mais linda do mundo. Vai, passeia no meu carrinho de supermercado. Me deixa ser linda vestindo você. Entra em mim e me enche da sua vida fácil. Outro dia me peguei pensando um absurdo que me fez feliz. É triste, mas me fez feliz. Pensei se isso que você faz, de ficar horas comigo depois de ter ficado horas comigo. Se isso é algum tipo de caridade sua. Porque, veja bem. Somos plantas e pássaros diferentes. Eu sou a bonitinha que lê uns livros e vê uns filmes. Você é essa força absoluta e avassaladora que jamais precisará abrir a boca para impor sua vitória. Você coloca aquele moletom cinza com dizeres do surf e eu experimento um guarda-roupas inteiro pra ficar à sua altura. Você é essa força da natureza que deu certo. Eu gasto metade do meu salário pra me sentir como você deve se sentir escovando os dentes. Pra me sentir cabendo no mundo que deu certo. Abaixa esse queixo menino. Abaixa esse nariz. Anda rastejando com esse chinelo verde e o queixo no alto. Você sabe que é superior. Você sabe que pode fazer tudo devagar, o mundo te espera. O resto é platéia. Você sabe que faz as pessoas tremerem a voz. Você sabe que deixa apenas duas escolhas pras pessoas: te idolatrar ou sair correndo. E como eu não sou mulher de correr da dor, deixo ela entrar as pouquinhos, esbugalhar meus sentidos, enfraquecer meu orgulho. Quando vejo, estou calada novamente, ouvindo o que você não diz e vendo o que você não faz. Apenas curtindo a limitação profunda e gigantesca da sua beleza esmagadora. Feliz em ser uma formiga que carrega milhões de plantas nas costas só para ver algum esforço meu alimentando você. Vai, faz o bico de burro quando alguém não compra a sua forma. Faz os olhos laterais pra me convidar pra mais uma das suas aparições. Faz o dentinho pra frente pra me pedir mais um pouco. Faz o silêncio pra ganhar de vez. De mim e do mundo. Não existe não morrer um pouco quando você chega. E de vez em quando tudo o que a gente quer é mesmo dar um tempo da vida.

25 de setembro de 2008

"É que eu nasci com o pé na estrada,
E a cabeça lá na Lua..."

24 de setembro de 2008

Não sei se estou perto ou longe demαis, se peguei o rumo certo ou errαdo. Sei αpenαs que sigo em frente, vivendo diαs iguαis de formα diferente. Já não cαminho mαis sozinhα, levo comigo cαdα recordαção, cαdα vivênciα, cαdα lição. E mesmo que tudo não αnde dα formα que eu gostαriα, sαber que já não sou α mesmα de ontem, me fαz perceber que vαleu a pena ...


Lembranças

mesmo sem autorização,

seu pensamento reapresenta um capítulo.

23 de setembro de 2008

é assim que as coisas são: você é jovem até que o tempo passa; você ama até não amar mais; você tenta até não poder mais; você ri até chorar, você chora até rir. e assim você vai respirando até dar o último suspiro. é assim que funciona: você procura dentro de você, você coleciona as coisas que você gosta e tenta amar as coisas que você colecionou. depois você pega o amor que você fez e tenta colocar no coração de outro alguém, que bombeia o sangue de outro alguém. e você vai de braço em braço, sem querer se machucar. e mesmo que você se machuque, você vai acabar fazendo tudo de novo. enquanto isso, você liga o rádio e escuta 'november rain', o solo é irritantemente longo, mas o refrão é legal. (♪)



"O menino do avião, pensei.O do ursinho de pelúcia. Onde estava o consolo de Rudy? Onde haveria alguém para aliviar esse roubo de sua vida? Quem o reconfortaria, ao se puxar o tapete debaixo de seus pés adormecidos?Ninguém.Havia apenas eu.E ñ sou muito boa nessa história de consolar, especialmente qd tenho as mãos frias e a cama é quente. Carreguei-o com delicadeza pela rua destroçada, com sal nos olhos e o coração mortalmente pesado. Observei por um instante o conteúdo de sua alma, e vi um menino pintado de preto, gritando o nome de Jesse Owens ao cruzar uma fila de chegada imaginária. Vi-o afundado até os quadris em água gelada, perseguindo um livro, e vi um garoto deitado na cama, imaginando que gosto teria um beijo de sua gloriosa vizinha do lado.Ele mexe comigo, esse garoto .Sempre. É sua úica desvantagem. Ele pisoteia meu coração. ELE ME FAZ CHORAR."
(A menina que roubava livros)



"O jornal caiu na mesa, mas as noticias lhe ficaram gravadas no peito"

A liberdade é um mistério,todo dia se decifratodo dia se
disfarça.A liberdade é só presente,não promete pro futuronão comete ter
saudade.A liberdade é traiçoeiraque nem amor de meninase amoita em cada
moitase
esquiva em cada esquina.A liberdade é vaidosa,quer cuidados e
desejosquer
escovas e limpeza.A liberdade é muito prosa,é azeite pelas
juntaspenteada e
caprichosa.

(Sobre a liberdade - Tom Zé)

Uma confusão de idéias que atrai e distrai.