31 de dezembro de 2008
29 de dezembro de 2008
Uma coisa que me deixa intrigada nesta época do ano é a crença que as pessoas tem de que com o tilintar do relógio virá uma mudança total de vida, estilo "o contrário do que aconteceu com a Cinderela". Nunca entendi isso muito bem, é só a chegada de mais um dia, como todos os 365 que se passaram desde a última grande euforia em grupo. Portanto, se quiser uma mudança, do it yourself (or not). Isso porque o que poderia chamar de "vida bruta" são as constantes e metamórficas consequências de suas escolhas e atitudes ao longo dos anos. Então é isso... E fica registrado assim o meu desejo de um feliz 2000 INOVE a todos!
23 de dezembro de 2008
Só me empreste seu rascunho, deixe que eu termino o desenho. Me empreste seu contorno, deixa que eu preencho, recheio, enfio coisas aí. Me empreste isso que é você e que vaga por aí. Eu dou nome e dor e limites e histórias. Eu dou tudo. Deixa. Por favor. Se vire. Se quiser ficar por aqui mais um tempo, se vire. Seja nada, por favor. Me deixa fazer, por favor. Me empresta sua altura para eu subir. Me empresta seu silêncio para eu morrer. Me empresta sua volta para eu viver. Me empresta sua boca para eu me beijar. Me empresta seu pinto para eu me comer. Me empresta sua gana para eu gritar.
Me empresta seu sorriso para eu achar graça na vida. A sua língua para eu me engolir. A sua preguiça para eu cansar um pouco de mim, também preciso disso. E o quente das suas costas para eu dormir comigo. E o seu desejo para eu sentir que piso nesse mundo. Esteja aqui para que eu esteja. Por favor. Só isso. Tenha fome para que eu sobreviva. Pense em mim para que eu exista. Me leia para que eu seja. Nunca, jamais, diga coisas absurdamente suas porque quando eu não mais puder me ver em você, acabou. Entende? Se eu não puder me ver em você, não resta nada. Então, não diga, não faça, não opine, não brigue e, principalmente: não me agrade.
Eu me agrado através do que vejo de mim em você. Então, jamais, em hipótese alguma, me ame com propriedade. Seu amor de surpresa é uma solidão terrível. Me ame com o meu amor de sempre. Me ame apenas com o que tem de mim em você. Me compre com o dinheiro que eu depositei em você. Não quero nada seu. Sou como a minha geladeira, to sempre gemendo, precisando de conserto, fria, nova, escandalosa. Mas se você encostar nela de novo, com sua vontade de arrumar minha vida, eu te expulso daqui.
Sou demais pra mim, me leve embora. Guarde um pouco com você. Não, não traga suas coisas. Leve as minhas. Divida. Sua casa é maior, seu peito, seus anos. Divida comigo eu mesma e já teremos problemas e soluções e motivos para duzentas vidas. Seja eu e por favor veja o que dá pra fazer com isso. Porque eu não sei.
Apenas apareça de vez em quando e traga um pouco de mim. Não muito e não sempre e não demais, para que eu sinta saudades e possa sonhar comigo, para que eu consiga pensar em mim. O que mais faço é na verdade o que jamais fiz. Nem por um segundo. Pensar em mim. Gostar de mim. Sempre e nem por um segundo. Não faça nada. Seja um vegetal ligado a minha máquina a todo vapor. Eu trabalho pra você. Eu dou vida pra você. Eu te bombeio, deixa. Continue respirando ligado a mim. Só não desliga seu corpo que minha máquina pára.
20 de dezembro de 2008
Uma confusao de ideias que atrai e distrai.
Estou ficando preocupada. Acho que eu fujo um pouco do padrao de normalidade. Costumo pensar tanto sobre coisas tao banais, entretanto banalidades tao pequeninas sobre as quais ninguem costuma sequer deitar sobre elas um outro olhar, ve-las de verdade mesmo, sabe? As vezes, deixo esses pensamentos me guiarem. Outras, agarro-os logo assim que comecam a querer um pouco mais do que poderia ser chamado de liberdade. Uma parcela me assusta, e por isso, tento aprisiona-las, para que fiquem quietinhas, no porao, sem assustar a mais ninguem. Outras sao quase expulsas, sopradas por um vento interior, estranhamente pelo mesmo motivo. Como num exercicio de fisica, onde as variaveis sao inversamente proporcionais. Enfim.. mais uma vez vou dar o braço a torcer, e fugir de mim mesma, ate porque as vezes refletir doi.
Uma confusao de ideias que atrai e distrai. Uma confusao de ideias. Talvez por isso, seja tão dificil escrever direito. Causa e consequencia. Atraem e distraem.
19 de dezembro de 2008
15 de dezembro de 2008
12 de dezembro de 2008
8 de dezembro de 2008
Olha, desta vez você passou das medidas. Só não boto você para fora, agora, porque é a sua cara dar escândalo.Estou cheia de você atrás de mim o tempo todo. Fica se fazendo de fofa, enquanto, pelas minhas costas, chama a atenção de todo mundo para meus defeitos.Você está redondamente enganada se pensa que eu vou me rebaixar ao seu nível – o que vem de baixo não me atinge. Mas faço questão de desancar essa sua pose empinada.Por que nunca encara as coisas de frente?Fica parecendo que tem algo a esconder. Por acaso, faz alguma coisa que ninguém pode saber?Você é, e sempre foi, um peso na minha existência – cada papel que me fez passar... Diz-se sensível e profunda, mas está sempre voltada para aquilo que já aconteceu. Tenho vergonha de apresentar você às pessoas, sabia?Por que você nunca encara as coisas de frente, bunda? Fica parecendo que, no fundo, tem algo a esconder. Por acaso, faz alguma coisa que ninguém pode saber? O que há por trás de todo esse silêncio?Você diz que está dividida e que eu preciso ver os dois lados da questão. Ora, seja mais firme, deixe de balançar nas suas posições.Longe de mim querer me meter na sua vida privada, mas a impressão que dá é que você não se enxerga. Porque está longe de ter nascido virada para a lua e costuma se comportar como se fosse o centro das atenções.Bunda, você mora de fundos, num lugar abafado. Nunca sai para dar uma volta, nunca toma um sol, nunca respira um ar puro. Vive enfurnada, sem o mínimo contato com a natureza. O máximo que se permite é aparecer numa praia de vez em quando, toda branquela.Não é de admirar que esteja sempre por baixo. Tentei levar você para fazer ginástica, querendo deixar você mais para cima, mas fingiu que não escutou.Saiba que você não é mais aquela, diria até que anda meio caída. E vai ter que rebolar para mexer comigo, de novo, da maneira que mexia.Lembro do tempo em que eu, desbundada, sonhava em ter um pouquinho mais de você. Agora, acho que o que temos já está de bom tamanho. E, pensando bem, é melhor pararmos por aqui antes que uma de nós acabe machucada.Sei que qualquer coisinha deixa você balançada, então não vou expor suas duas faces em público. Mas fique sabendo que, se você aparecer, constrangendo-me diante de outras pessoas, levarei seu caso ao doutor Albuquerque*.Lamento, isso dói mais em mim do que em você, mas você merece o chute que estou lhe dando. Duplamente decepcionada,
30 de novembro de 2008
29 de novembro de 2008
25 de novembro de 2008
19 de novembro de 2008
18 de novembro de 2008
9 de novembro de 2008
8 de novembro de 2008
7 de novembro de 2008
4 de novembro de 2008
26 de outubro de 2008
Ontem senti sua falta. Sinceramente, não sei quem é você, nem sei se você sabe quem sou eu. Isso, sinceramente, não interessa muito nesse meu estágio atual. Atualmente ando com as nuvens na cabeça. Penso à beça. Penso em como você poderia ser. Brinco em cima da probabilidade de coisas improváveis. É divertido imaginar um ser inimaginável e ao mesmo tempo saber que esse ser é real. Ele é real dentro da minha imaginação. Ele existe sim; mesmo que seja uma existência devido a sua inexistência.É bom saber que existe alguém que, provavelmente, nunca existirá de fato, mas sim em sonhos. O barato da vida está toda na imaginação. Imagino você sorrir, e você sorri! Imagino você fazendo o que eu quiser que você faça, e você faz – e o melhor de tudo : sem reclamar ! É uma delícia te imaginar. Desenho teu rosto com os traços que me agradam, coloco o nariz que eu prefiro, a boca que eu preciso, as roupas que te combinam, os gestos são exatamente como programei e a voz tem tantos tons quanto sentimentos. Acho que encontrei a melhor forma de te preservar: te construir. Sempre tomamos mais cuidado com aquilo que fazemos. Por isso, e por preguiça de procurar (confesso!), resolvi te construir. Confesso também que não foi uma tarefa tão simples assim. Pensar ou imaginar requer um certo preparo. Não posso te projetar de qualquer jeito. Não posso te formar de qualquer forma. Mas posso te informar com a mais absoluta certeza que ontem senti sua falta, mas até hoje não consegui perceber se era falta de você ou se era falta de sentir falta. Era uma falta boa de sentir. A falta de algo que ainda está por vir. A falta de algo que pode se tornar importante. Com certeza, não era falta de imaginação. Imaginação talvez seja a única coisa que eu ainda tenha de sobra. Por falar em sobra, dedico o tempo que me sobra ao meu provável futuro amor; mesmo tendo a plena consciência que a probabilidade de ver você um dia é a mesma de me tornar cego esta noite. Parei de te imaginar. Percebi que é inútil imaginar um provável futuro amor. Imaginar é fugir da realidade. Fugir da realidade é fugir da vida. Fugir da vida é se aproximar da morte. E se eu morrer agora, nunca vou te conhecer.
23 de outubro de 2008
- Ei, Celeste! Já reparou em como o céu hoje amanheceu azul demais?
- Não tinha notado. Mas o que tem isso?
- Eu não sei. Acho que azul do jeito que está, é dificil de já ter ficado um dia. Acho até que acordei sorrindo, com vontade de sair de casa, conversar com as pessoas, de aproveitar esse dia azul!
- Quanta besteira, Maria!
- É que pra você não adianta um céu azul, Celeste. Você é cinza como todos os dias nublados.
/por Hamony [♥]
20 de outubro de 2008
Eu agora aceito a idéia de que... a forma como as pessoas agem às vezes comigo não depende do que eu fiz! (Iyanla Vanzant)
16 de outubro de 2008
15 de outubro de 2008
13 de outubro de 2008
12 de outubro de 2008
11 de outubro de 2008
Tenho certezas tão incertas e não sei como me acertar
Entenda que eu não sou perfeito, tenho até muitos defeitos
Mas o que vale é acreditar que vamos todos melhorar
Você me vê de uma forma que eu considero equivocada
Mas tudo bem, é seu direito querer me ver tão errado
Você devia já saber que eu não sei te entender
Pra quê forçar um entendimento se, no fim, ninguém se entende?
Não sei se era mau humor ou se era falta de atenção
Mas tudo o que eu lhe dizia aos berros, ela me devolvia
9 de outubro de 2008
8 de outubro de 2008
[...] O silêncio que se fez representa, calado, a falta que você me faz. E o que mais me mata é que “você” não faz nada para mudar esse “triste” fim. Coloco a tristeza entre aspas porque é o sentimento mais variável que eu conheço. Coloco “você” entre aspas porque é a pessoa mais inconstante que eu desconheço. [...]
7 de outubro de 2008
Eu já falei que tenho algo a dizer, e disse
Que falador passa mal e você me disse
Que cada um vai colher o que plantou
Porque raiz sem alma como o flip falou, é triste
A minha busca é na batida perfeita
Sei que nem tudo tá certo mas com calma se ajeita
Por um mundo melhor eu mantenho minha fé
Menos desigualdade, menos tiro no pé
Andam dizendo que o bem vence o mal
Por aqui vo torcendo pra chegar no final
É,quanto mais fé,mais religião
Amor que mata,reza,reza ou mata em vão
Me contam coisas como se fossem corpos,
Ou realmente são corpos,todas aquelas coisas
Deixa pra lá eu devo tá viajando
Enquanto eu falo besteira, nego vai se matando
Então...
Deixa,deixa,deixa
Eu dizer o que penso dessa vida
Preciso demais desabafar
Ok,então vamo lá,diz
Tu quer a paz,eu quero também,
Mas o estado não tem direito de matar ninguem
Aqui não tem pena morte mas segue o pensamento
O desejo de matar de um Capitão Nascimento
Que,sem treinamento se mostra incompetente
O cidadão por outro lado se diz,impotente,mas
A impotência não é uma escolha também
De assumir a própria responsabilidade
Hein?
Que cê tem e mente,se é que tem algo em mente
Porque a bala vai acabar ricocheteando na gente
Grandes planos,paparazzo demais
O que vale é o que você tem, e não o que você faz
Celebridade é artista,artista que não faz arte
Paga um como pilates e acha que já fez sua parte
Deixa pra lá,eu continuo viajando
Enquanto eu falo besteira nego vai, vai
Então deixa...
Deixa, deixa, deixa, eu dizer o que penso dessa vida, preciso demais desabafar [♪]
5 de outubro de 2008
Os brinquedos do tempo de criança
O sorriso fulgaz de uma esperança
E a primeira paixão da nossa vida.
O adeus que se da por despedida
E o desprezo que a gente não merece
O delirio da lagrima que desce
Um momento de angústia e de desgraça
Tudo passa, na vida tudo passa
Mas nem tudo que passa a gente esquece"
(Tudo passa- Chico Pedrosa)
4 de outubro de 2008
3 de outubro de 2008
29 de setembro de 2008
28 de setembro de 2008
27 de setembro de 2008
26 de setembro de 2008
24 de setembro de 2008
Não sei se estou perto ou longe demαis, se peguei o rumo certo ou errαdo. Sei αpenαs que sigo em frente, vivendo diαs iguαis de formα diferente. Já não cαminho mαis sozinhα, levo comigo cαdα recordαção, cαdα vivênciα, cαdα lição. E mesmo que tudo não αnde dα formα que eu gostαriα, sαber que já não sou α mesmα de ontem, me fαz perceber que vαleu a pena ...
23 de setembro de 2008
"O menino do avião, pensei.O do ursinho de pelúcia. Onde estava o consolo de Rudy? Onde haveria alguém para aliviar esse roubo de sua vida? Quem o reconfortaria, ao se puxar o tapete debaixo de seus pés adormecidos?Ninguém.Havia apenas eu.E ñ sou muito boa nessa história de consolar, especialmente qd tenho as mãos frias e a cama é quente. Carreguei-o com delicadeza pela rua destroçada, com sal nos olhos e o coração mortalmente pesado. Observei por um instante o conteúdo de sua alma, e vi um menino pintado de preto, gritando o nome de Jesse Owens ao cruzar uma fila de chegada imaginária. Vi-o afundado até os quadris em água gelada, perseguindo um livro, e vi um garoto deitado na cama, imaginando que gosto teria um beijo de sua gloriosa vizinha do lado.Ele mexe comigo, esse garoto .Sempre. É sua úica desvantagem. Ele pisoteia meu coração. ELE ME FAZ CHORAR."(A menina que roubava livros)
A liberdade é um mistério,todo dia se decifratodo dia se
disfarça.A liberdade é só presente,não promete pro futuronão comete ter
saudade.A liberdade é traiçoeiraque nem amor de meninase amoita em cada
moitase
esquiva em cada esquina.A liberdade é vaidosa,quer cuidados e
desejosquer
escovas e limpeza.A liberdade é muito prosa,é azeite pelas
juntaspenteada e
caprichosa.(Sobre a liberdade - Tom Zé)